domingo, 28 de fevereiro de 2010

Lixo Atomico.




O lixo atômico (ou resíduo radioativo) é formado de resíduos que contêm elementos químicos radioativos sem propósito prático, é freqüentemente o subproduto de um processo nuclear, como a fissão nuclear. Este tipo de resíduo também pode ser gerado durante o processamento de combustível para os reatores ou armas nucleares ou em aplicações médicas como a radioterapia e a medicina nuclear.
Para se ter uma idéia do “presente” que está sendo deixado para as futuras gerações, o lixo atômico que uma usina nuclear produz (utilizando plutônio) leva aproximadamente 24.000 anos para ter sua radioatividade reduzida pela metade.








                                                                                                                   Tambor de lixo atomico


Normalmente o lixo atômico é classificado da seguinte forma:
1-Resíduos de desclassificação: Não possuem radioatividade suficiente para levar perigo à saúde das pessoas ou ao meio ambiente, no presente e para as gerações futuras. Podem ser utilizados como materiais convencionais.
2- Resíduos de Baixa Atividade: Possuem radioatividade gama ou beta em níveis menores a 0,04 GBq/m³ (gigabecquerel por metro cúbico, unidade do Sistema Internacional de medidas para a radiação), caso sejam líquidos, 0,00004 GBq/m³ se forem gasosos e a taxa é inferior a 20 mSv/h (unidade do Sistema Internacional de medidas que mede a dose de radiação absorvida pela matéria viva). Só são considerados desta categoria os resíduos que além do seu período de semidesintegração é inferior a 30 anos. Podem ser armazenados em depósitos superficiais.
3- Resíduos de Atividade Média: Possuem radiação gama ou beta com níveis superiores aos resíduos de baixa atividade, mas inferiores a 4GBq/m³ para líquidos, gasosos com qualquer atividade e sólidos cuja taxa de radiação em contato supere os 20 mSv/h. Da mesma maneira que os resíduos de baixa radioatividade, só podem ser considerados desta categoria aqueles resíduos cujo período de semidesintegração seja inferior a 30 anos. Podem ser armazenados em depósitos superficiais.
4- Resíduos de Alta Atividade ou Alta Vida Média: São todos aqueles materiais emissores de radiação alfa e aqueles emissores de radiação beta ou gama que superem os níveis impostos pelos limites dos resíduos de média atividade. Também todos os que superem um período de semidesintegração de 30 anos. Devem ser mantidos em armazenamento geológico profundo.


Radioatividade

Coleta de lixo nuclear, em Goiânia (GO), após o acidente radioativo com Césio-137, ocorrido em 1987.
Propriedade que alguns átomos de núcleo instável têm de se desintegrar e emitir, no processo, algum tipo de partícula ou radiação. Dos mais de 1.500 tipos de átomos conhecidos, quase 1.200 são radioativos. Mas poucos – cerca de 50 – possuem propriedades radioativas naturais. A grande maioria dos átomos gera radiação mediante processos artificiais.

TIPOS DE RADIAÇÃO

Existem três tipos de radiação: os raios alfa, os raios beta e os raios gama.

Os Raios Alfa têm carga elétrica positiva. São constituídos de dois prótons e dois nêutrons. Estes raios perdem a energia rapidamente e podem ser bloqueados por uma ou duas folhas de papel.
Os Raios Beta, de carga negativa, são elétrons. Suas partículas se propagam com velocidade quase igual à da luz. Algumas podem penetrar mais de 1 cm na madeira, mas são contidas por uma lâmina de alumínio de poucos milímetros de espessura.
Os Raios Gama não têm carga elétrica. São semelhantes aos raios X e se propagam com a velocidade da luz. São muito mais penetrantes do que as partículas alfa e beta. Podem atravessar o corpo humano. São bloqueados por uma camada de concreto de 1 metro de espessura.

Radioatividade Natural. O fenômeno foi identificado pelo físico francês Antoine Henri Becquerel. Em 1896, ele descobriu que os raios emitidos pelo minério de urânio impressionavam uma placa fotográfica da mesma maneira que os raios X. Esses raios não pareciam estar relacionados com nenhuma fonte externa de energia, como o Sol, e eram mais possantes que a radiação do urânio puro. Dois anos depois, o casal Pierre e Marie Curie confirmou o fenômeno, ao obter de um mineral um elemento que emitia radiação semelhante à do urânio. O elemento foi chamado de polônio. Meses mais tarde, o casal Curie obteve um novo elemento, muito mais ativo que o urânio, ao qual deu o nome de rádio. Pela descoberta da radioatividade natural, Becquerel dividiu o Prêmio Nobel de Física de 1903 com Pierre e Marie Curie.
Radioatividade Artificial. Foi descoberta por Irène Joliot-Curie (filha de Marie Curie) e seu marido, Jean Frédéric Joliot. Ao bombardear alumínio com partículas alfa, ambos observaram que o elemento resultante, o fósforo instável, continuava emitindo partículas. Essa descoberta abriu caminho para a obtenção artificial de inúmeros elementos radioativos. Por essa pesquisa, o casal Joliot-Curie recebeu o Prêmio Nobel de Química de 1935.

ENERGIA ATÔMICA

Fissão Nuclear. A descoberta do casal Joliot-Curie estimulou as pesquisas de outros cientistas que, como eles, acreditavam que explosões nucleares em cadeia poderiam liberar “enormes quantidades de energia aproveitável”.
Uma equipe formada pelos cientistas Otto Hahn, Fritz Strassmann e Lise Meitner descobriu no fim da década de 1930 o processo da fissão nuclear, que permitiu a construção das bombas atômicas (lançadas em Hiroshima e Nagasaki, em 1945) e de usinas nucleares para a produção de eletricidade.
A fissão nuclear consiste numa reação entre um nêutron e um núcleo atômico pesado, como o urânio, em que este se divide em dois núcleos menores. Simultaneamente são liberados novos nêutrons e grande quantidade de energia na forma de calor, que pode ser transformada em outros tipos de energia, como a elétrica.
Usina Nuclear. Numa usina nuclear de eletricidade, a energia térmica resultante da fissão nuclear do urânio é transformada em energia mecânica e energia elétrica: o calor transforma água em vapor. Este aciona turbinas, que movem alternadores que finalmente geram eletricidade.
Outros Usos da Energia Nuclear. Os elementos radioativos são usados na medicina, em diagnóstico de doenças e no tratamento de cânceres; na indústria, na arqueologia, na geologia, e em outros ramos da ciência.
Perigos da Radioatividade. A radiação danifica os tecidos. Estudos avançados ainda não permitiram estabelecer com precisão quantas gerações sucessivas podem ser geneticamente atingidas pelos efeitos da radioatividade

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